Sobe para 56 o número de municípios prejudicados pelas chuvas em SC

Até o fim da tarde deste domingo, a Defesa Civil do Estado contabilizava 56 cidades com problemas decorrentes das chuvas dos últimos dias (veja tabela abaixo). Cerca de 4 mil pessoas estavam desabrigadas ou desalojadas e mais de 1.300 casas haviam sido danificadas pela inundação, destelhamento, granizo ou deslizamento de terra.
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Corpo de Bombeiros em sobrevoo por Rio do Sul neste domingo. Foto Divulgação


A situação mais crítica é em Rio do Sul, onde o rio deve chegar a 11,5 metros acima do normal, inundando quase toda a cidade. Somente em Rio do Sul, há 1.050 pessoas desalojadas e 472 desabrigadas. Em Blumenau, a previsão é de que o rio chegue a 11 metros. A cidade se preparou para os alagamentos com 23 abrigos, o desligamento preventivo de energia nas ruas próximas do leito do rio e uma força-tarefa envolvendo Defesa Civil municipal e estadual, Corpo de Bombeiros, prefeitura, escolas e outras instituições.
O volume de chuva nos últimos três dias são superiores à média esperada para todo o mês setembro. Os volumes mais significativos concentraram no Vale do Itajaí, Planalto Sul, Grande Florianópolis, Meio Oeste, Planalto Norte e Litoral Norte, como Rancho Queimado (242mm), Rio do Campo (213mm), Ituporanga (194mm), Presidente Getúlio (189mm), Bom Jardim da Serra (186mm), Ponte Alta (180mm), Curitibanos (179mm), Timbó (161mm) e Schroeder (161mm).
As Barragens de Ituporanga e de Taió estão sendo operadas de forma a minimizar ao máximo o impacto das inundações em Rio do Sul e o risco de inundação em Taió, que está em cota de Alerta.
A Barragem de Ituporanga está com 2 das 5 comportas fechadas e já verteu; a Barragem de Taió está com as 7 comportas fechadas,com cerca de 60% de sua capacidade de suporte (vide tabela 2, abaixo). Já a Barragem de José Boiteux está com as duas comportas fechadas, com 40% da capacidade.
Alerta para deslizamentos e alagamentos
Mesmo com a previsão de redução no volume de chuvas nas próximas horas, a Defesa Civil mantém o alerta para risco de deslizamentos de encostas e alagamentos. Os deslizamentos podem ocorrer nos municípios da Grande Florianópolis, Litoral e Planalto Norte, Vale do Itajaí, Litoral Sul, Meio-Oeste, Planalto e Litoral Sul. Já os alagamentos e inundações poderão ocorrer nas áreas com drenagem deficiente, especialmente no litoral, vulnerável aos efeitos da maré, e na Bacia do Rio Itajaí. Há também um alerta para inundações em Lages.
Força-tarefa
O governo do Estado de Santa Catarina montou uma força-tarefa para orientar e auxiliar a população. A Defesa Civil de Santa Catarina emitiu alerta para risco de alagamentos, deslizamentos e inundações. Os mapas meteorológicos indicam tempo instável com acúmulo de 300mm a 330 mm. Na prática isso representa que em três dias vai chover o dobro do esperado para o mês inteiro de setembro.
Nas regiões costeiras, os valores de marés elevados dificultam o escoamento das águas das chuvas para o mar. Podem ocorrer inundações pela maré astronômica de sizígia - ocorrem nas luas nova e cheia, quando são registradas as maiores preamares (maré alta) -e chuvas, especialmente nas madrugadas e tardes de sexta e de sábado. Entre domingo e segunda-feira a maré astronômica diminui, mas o vento sul pode continuar dificultando o escoamento das águas.
Orientações
Em caso de inundações e alagamentos, a Defesa Civil orienta a população a evitar o contato com a água e transitar em lugares alagados e pontes submersas. É importante tomar cuidado com crianças próximas de rios e ribeirões.
Em tempestades com descargas elétricas e vento, deve-se permanecer em local seguro e não transitar em locais abertos, próximo a árvores, placas publicitárias ou objetos que possam ser arremessados. É aconselhável que as pessoas se protejam em lugares com boas coberturas, ao exemplo dos banheiros das residências, fechar janelas e portas, e não manusear nenhum equipamento elétrico ou telefone devido aos raios e relâmpagos.
Quanto a possíveis deslizamentos de terra, deve ser observado qualquer movimento de terra ou rochas próximas a suas residências, inclinação de postes e árvores e rachaduras em muros ou paredes. Neste caso, é recomendável que a família saia de casa e acione a Defesa Civil municipal ou o Corpo de Bombeiros.
As defesas civis e órgãos estaduais das regiões Oeste, Litoral Sul e Planalto Sul, onde há maior confirmação de risco de alagamentos, já foram mobilizadas pela Defesa Civil estadual e estão preparadas para atender a população. “A equipe da Defesa Civil estadual está em estado de alerta e concentrada na previsão do tempo em todo o estado”, explica o diretor de Prevenção e Preparação da Defesa Civil, Fabiano de Souza.
Qualquer problema deve ser comunicado à coordenadoria municipal de Defesa Civil, através do telefone de emergência 199 ou para o Corpo de Bombeiros, no número 193. A Defesa Civil do Estado conta com atendimento de 24 horas, com equipes de prontidão. O telefone para contato é o (48) 3664-7000.

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